segunda-feira, 23 de abril de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Elogie do jeito certo



Publicado na Coluna Bem Viver do Jornal Estado de Minas

“ Antônio  Roberto, como devemos educar nossos filhos? Nunca sei se devo elogiá-los e nem como devo passar para eles valores  para que sejam pessoas melhores no mundo de hoje".

Roseane de Betim

Caiu em minhas mãos este texto de Marcos Meier* que achei excelente e que todas a mães deveriam ler, por achá-lo interessante vou colocá-lo na íntegra.

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram dividas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”,  “Que esperta é você!”,  “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!”  ... e outros elogios à capacidade da criança. O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa! , “Menino, que legal ter visto o seu esforço”, “Uau, que persistência  você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!...  e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de conseqüência.  As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa. A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos.

O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças  “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas.  “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As  “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e  deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos  filhos precisam ouvir frases como:  “Que bom que você o ajudou, você tem bom coração”,  “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético,  “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção  àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... Você é solidária” , “isso mesmo meu filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”.  Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual.  “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos  são tão bonitos”.  Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando  adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas das montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles.  São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil. Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

*MARCOS MEIER  é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Descobrimento" - Teatro Kleber Junqueira


No dia 12/04 (5ª feira) os alunos do EPC “embarcaram” com Pedro Álvares Cabral, Pero Vaz de Caminha, Frei Henrique e muitos outros personagens na caravela Anunciação até a “Ilha de Vera Cruz”.

Nosso objetivo é contribuir para que o teatro se transforme em mais uma opção de cultura e arte na escola, além de ser uma oportunidade para criar uma situação de ensino/aprendizagem, na qual a descoberta e a construção de conhecimento estejam presentes.









A turminha do 1º ano com os artistas...

                                                            A turminha do 2º ano...

                                                           A turminha do 3º ano...

                                                              A turminha do 4º ano...

                                                               A turminha do 5º ano...






P.Á.S.C.O.A



Por que somos crianças alguns pensam talvez
Que não entendemos de assuntos tão reais
Nós sabemos, porém Jesus que Jesus veio aqui
E por nós lá na cruz, triste morte sofreu

Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Não é somente coelhos e ovinhos de chocolate
Bom é lembrar que o bom Jesus
Deus a vida por amor

Nós sabemos que o mundo comemora a Páscoa
De maneira agradável para nós crianças
Mas existe algo mais, meu querido Jesus
Veio ao mundo e morreu triste morte na cruz

Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Não é somente coelhos e ovinhos de chocolate
Bom é lembrar que o bom Jesus
Deus a vida por amor

Mas numa linda manhã Cristo então ressurgiu
E pro céu com o Pai foi pra sempre morar

Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Páscoa! Páscoa! O que isso simboliza pra você?
Não é somente coelhos e ovinhos de chocolate
Bom é lembrar que o bom Jesus
Deus a vida por amor por amor a você
Páscoa! Ó Páscoa!
Simboliza liberdade pra você?
Páscoa! Ó Páscoa!
Simboliza liberdade pra você?






segunda-feira, 9 de abril de 2012

Feliz Páscoa!



Mundo: Páscoa: as muitas travessias

Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor
A Páscoa é festa central para judeus e cristãos. Ela celebra – celebrar é atualizar – para os judeus a passagem da escravidão no Egito para a terra da promissão, a passagem pelo Mar Vermelho e a passagem de massa anônima para um povo organizado. A figura de referência é Moisés, libertador e legislador, que nasceu cerca de 1250 anos antes de nossa era. Conduziu a massa para a liberdade e a fez povo de Deus.
Para os cristãos a páscoa é também passagem. Tem como figura central Jesus de Nazaré. Ela celebra a passagem de sua morte para a vida, de sua paixão para a ressurreição, do velho Adão para novo Adão, deste cansado mundo para o novo mundo em Deus.
Como em todas as passagens há ritos, os famosos ritos de passagem tão minuciosamente estudados pelos antropólogos. Em toda passagem há um antes e um depois. Há uma ruptura. Os que fazem a passagem se transformam. O rito de passagem do nascimento, por exemplo, celebra a ruptura da pertença ao mundo natural para a pertença ao mundo cultural, representado pela imposição do nome. O batismo celebra a passagem do mundo cultural para o mundo sobrenatural, quer dizer, de filho e filha dos pais para filho e filha de Deus. O casamento é outro importante rito de passagem: de solteiro ou solteira com as disponibilidades que cabem a esta fase da vida para casado com as responsabilidades que este estado comporta. A morte é outro grande rito de passagem: passa-se do tempo para a eternidade, da estreiteza espacial-temporal para a total abertura do infinito, deste mundo para Deus.
Se bem repararmos, toda a vida humana possui estrutura pascal. Toda ela é feita de crises que significam passagens e processos de acrisolamento a e amadurecimento. Tomando o tempo como referência, verifica-se uma passagem da meninice à juventude, da juventude à idade adulta, da idade adulta à velhice (hoje prefere-se terceira idade) e da velhice para a morte e da morte para a ressurreição e da ressurreição para o inefável mergulho no reino da Trindade, segundo a crença dos cristãos.
São verdadeiras travessias com riscos e perigos que este fenômeno existencial implica. Há travessias que são para o abismo, há outras que são para a culminância. Mas a páscoa traz uma novidade, tão bem intuída pelo filósofo Hegel, numa sexta-feira santa no Konvikt de Tübingen (seminário protestante) onde estudava. A páscoa nos revela a dialética objetiva do real: a tese, a antítese e a síntese. Viver é a tese. A morte é a antítese. A ressurreição é a síntese. A síntese é um processo de recolhimento e resgate de todas as negatividades dentro de uma outra positividade superior. Assim que o negativo nunca é absolutamente negativo, nem o positivo é somente positivo. Ambos se contem um ao outro, encerram contradições e formam o jogo dinâmico da vida e da história. Mas tudo termina numa síntese superior.
Talvez esta seja a grande contribuição que a páscoa judaico-cristã oferece aos que se afligem e se interrogam sobre o sentido da vida e da história. O cativeiro não tem a última palavra, mas a libertação, a morte não detém o sentido das coisas, mas a vida e a ressurreição. Assim a história estará sempre aberta. Com razão nos dizia o poeta e profeta Dom Pedro Casaldáliga: depois da síntese final da páscoa de Cristo não nos é mais permitido viver tristes. Agora a verdadeira alternativa é: ou a vida ou a ressurreição.
Autor do livro infantil, O ovo da esperança. O sentido da festa da Páscoa, Mar de Idéias, Rio.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brinquedos e brincadeiras no Sábado Esportivo

Situações de convívio fazem parte de nossas lembranças de infância: crianças brincando na rua, dividindo espaços variados – com irmãos, primos, vizinhos, crianças mais novas, crianças mais velhas -, interagindo quase nunca com intervenção de adultos. Os mais velhos conduziam as brincadeiras. A rua era o espaço, era o lugar onde aconteciam as ‘peladas’, o esconde-esconde, o pega-pega, a mãe-da-rua, estátua etc. E nestes espaços cabiam brinquedos como pipa, bolinha de gude, carrinho de rolemã, patinete etc. Um monte de brinquedo que tem gente que cresceu sem nunca experimentar.
Tais situações representavam muito mais que diversão. Eram também uma oportunidade para aprender a conviver, a lidar com conflito. Esta é a riqueza das situações de interação!
É também através do convívio que aprendemos a respeitar opiniões diferentes das nossas, que nos deparamos com ideias que não teríamos sozinhos. A imaginação ganha força, nós ganhamos força!
Hoje, mais que ontem, a escola talvez seja o único lugar onde a maior parte das crianças viva este tipo de experiência. É, portanto, promotora de encontros, diversão, aprendizagens, situações de enfrentamento de conflito e construção de relações.


Através de brincadeiras e atividades com o intuito de promover a amizade e integração, o EPC realizou seu 1º Sábado Esportivo. Nesse contexto, até mesmo crianças tímidas se soltam e criam vínculos de carinho e amizade pelo grupo.

Confiram só como essa turminha agitou a tarde do dia 31/03!

Parede de alpinismo
A galerinha teve que se esforçar muito para chegar bem lá no alto...







Cama elástica
Como é gostoso ser criança...





Slackline - corda bamba
Equilíbrio e concentração...




O sorriso no rosto...

Aventura...


Pega pega...

Amizade...

Picolé e ternura...

Alegria pra valer...


Com os amigos até o picolé fica mais saboroso...


Que bagunça mais gostosa...


É a pureza de ser criança...

que torna os momentos mais simples...





Em aventuras fantásticas...

e inesquecíveis...


Olha a corrida de saco gente...








Corrida da colher...



Ixi... será que vai chover?


Não... tivemos um sábado maravilhoso!
A única previsão para o dia: diversão, sol e sorvete durante toda a tarde!



Até o próximo!!!